Médico Explica Recidiva do Câncer de Preta Gil e Importância do Monitoramento Contínuo…
Preta Gil, que anteriormente havia celebrado a cura de um câncer no intestino, revelou que a doença retornou e que está novamente em tratamento após um período de remissão. Segundo a cantora, o câncer reapareceu em quatro locais distintos do corpo: dois linfonodos, uma metástase no peritônio e um nódulo no ureter. Em entrevista à revista Caras, o oncologista Jorge Abissamra comentou sobre o caso, enfatizando a importância do diagnóstico precoce e do monitoramento contínuo para pacientes oncológicos.
“O diagnóstico precoce de fato salva vidas e diminui a chance de ter recidivas como a Preta teve. Talvez, quando ela teve o diagnóstico, não fosse uma doença tão inicial e é por isso que a doença voltou”, explicou Abissamra, destacando que a extensão do câncer no momento do diagnóstico inicial pode influenciar o risco de recorrência.
Monitoramento Vitalício para Pacientes Oncológicos
O especialista frisou que, para pacientes oncológicos, o acompanhamento não se encerra após o tratamento: “Um paciente oncológico a gente nunca fala em alta médica. É um paciente que tem que ficar para sempre monitorado. Isso varia de cada equipe”, afirmou. Ele detalhou o protocolo comum para acompanhamento após o término do tratamento, que geralmente inclui exames regulares a cada três meses durante os primeiros dois anos. Depois desse período, a frequência é reduzida para a cada seis meses até completar cinco anos. Após cinco anos, é recomendável que o paciente faça uma consulta anual com um oncologista, pois os primeiros dois anos após o tratamento são os de maior risco de recidiva.
“Quando terminamos um tratamento, os primeiros dois anos são críticos, pois é quando a maioria das doenças voltam, como aconteceu com a Preta Gil, que encerrou o tratamento há menos de dois anos. De dois a cinco anos, a chance de recidiva é menor e, após cinco anos, as chances de retorno diminuem consideravelmente”, explicou o médico.
A Importância do Diagnóstico e do Acompanhamento Contínuo
O oncologista ainda comentou sobre casos raros em que o câncer pode retornar após muitos anos de remissão: “Já tive pacientes que, depois de 17 anos, a doença voltou. Não é comum isso acontecer, mas pode acontecer. Por isso que um paciente oncológico tem que ficar para o resto da vida sendo monitorado”, concluiu.
A situação de Preta Gil ressalta a importância do acompanhamento contínuo e da vigilância constante para pacientes que enfrentaram o câncer, reforçando a necessidade de atenção mesmo após o término do tratamento.