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Família envenenada com peixes no Piauí pode ter ligação com caso de crianças mortas por cajus envenenados em 2024.

Dois membros da mesma família morreram, enquanto outros quatro permanecem hospitalizados após intoxicação alimentar.

A cidade de Parnaíba, no Piauí, vive mais um episódio trágico que envolve a mesma família marcada por um caso de envenenamento ocorrido há cerca de seis meses. Desta vez, nove familiares foram intoxicados após consumirem peixes do tipo manjuba durante a ceia de Ano Novo.

Relembrando o caso dos cajus envenenados

Em agosto de 2024, os irmãos Ulisses Gabriel (8 anos) e João Miguel (7 anos) faleceram após comerem cajus envenenados. A mãe das crianças relatou que os meninos começaram a passar mal logo após ingerirem a fruta.

Apesar dos esforços médicos, João Miguel faleceu nos primeiros dias, enquanto Ulisses Gabriel resistiu por dois meses antes de também perder a vida.

Na ocasião, a polícia identificou uma vizinha da família como responsável por entregar o saco de cajus contaminados com “chumbinho”, uma substância tóxica frequentemente usada ilegalmente como veneno. A suspeita foi presa preventivamente, mas o crime ainda causa comoção na cidade.


O novo caso: envenenamento com peixes manjuba

Seis meses após a tragédia com os cajus, a mesma família foi novamente vítima de uma possível intoxicação.

  • Nove pessoas da família consumiram os peixes manjuba na ceia de Ano Novo.
  • Duas vítimas faleceram: Igno Davi da Silva (1 ano e 8 meses), irmão de Ulisses e João Miguel, e Manoel Leandro da Silva (18 anos), tio das crianças.
  • Três pessoas já receberam alta médica.
  • Quatro pessoas permanecem internadas, com quadros de saúde considerados estáveis, porém monitorados de perto pelas equipes médicas.

O peixe contaminado: doação suspeita

A família recebeu os peixes de um casal, que fez a doação durante as festividades de Ano Novo. No entanto:

  • Outras famílias também receberam peixes do mesmo casal e não apresentaram sintomas de intoxicação.
  • A polícia, por ora, não considera o casal como suspeito, aguardando resultados dos exames toxicológicos e análises laboratoriais.

Semelhanças e mistérios conectam os dois casos

Apesar das coincidências evidentes entre os dois casos, como a doação de alimentos contaminados e a mesma família como alvo, a polícia ainda não confirmou ligação direta entre os eventos.

O delegado responsável pelo caso informou que a perícia nos peixes e nos materiais coletados durante a investigação será crucial para determinar:

  • Se houve contaminação intencional.
  • Se a substância tóxica é semelhante à usada no caso dos cajus envenenados.
  • Se há ligação direta entre os dois eventos.

Comoção e medo entre os moradores

A comunidade local está em choque e apreensiva com os eventos. A repetição de tragédias envolvendo a mesma família gerou um clima de medo e desconfiança entre os moradores.

Familiares das vítimas, abalados, clamam por respostas e justiça.

“É inacreditável que isso esteja acontecendo de novo. Precisamos saber quem está por trás disso e por quê”, desabafou um parente próximo das vítimas.


Próximos passos da investigação

As autoridades aguardam os resultados dos exames e perícias para esclarecer:

  1. Se houve intenção criminosa no envenenamento dos peixes.
  2. Se há alguma ligação entre os dois casos.
  3. Se o casal responsável pela doação teve participação ou conhecimento sobre a contaminação.

Enquanto isso, os sobreviventes seguem recebendo cuidados médicos, e a população aguarda ansiosa por respostas.

A polícia reforçou que todos os esforços estão sendo concentrados para solucionar o caso e garantir justiça para a família vítima dessas tragédias.

Este caso continua sob investigação e novos detalhes serão divulgados conforme o andamento das apurações.

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