Após desobedecer decisão, Deolane Bezerra corre risco de voltar à prisão…
A situação de Deolane Bezerra esquentou nesta segunda-feira (9). Ela saiu da Colônia Penal Feminina do Recife após cinco dias detida, mas a história não parou aí. A libertação dela ocorreu graças à decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que converteu sua prisão preventiva em prisão domiciliar. Ou seja, ela saiu da cadeia, mas deve cumprir uma série de condições em casa.
Entre essas condições, o juiz impôs restrições rigorosas. Deolane, por exemplo, foi proibida de ter contato com outros investigados no caso. Ela precisa permanecer em sua residência, mesmo nos fins de semana e feriados, sem qualquer comunicação com os envolvidos na investigação. Além disso, foi ordenado que ela não se manifestasse nas redes sociais ou concedesse entrevistas. No entanto, parece que Deolane não seguiu essas regras à risca, pois logo após sua saída, ela já estava se pronunciando publicamente.
Visivelmente revoltada, Deolane criticou sua prisão, chamando-a de “criminosa”, e acusou o delegado responsável de “abuso de autoridade”. A polêmica se intensificou quando ela publicou uma foto nas redes sociais, em que aparece amordaçada, com a legenda “carta aberta”, desafiando a ordem judicial de não se manifestar. Esse comportamento claramente desrespeitou as diretrizes impostas pelo juiz, complicando ainda mais sua situação.
Agora, com a desobediência às ordens judiciais, o cenário pode se agravar. Se Deolane continuar desrespeitando as restrições, ela corre o risco de perder o benefício da prisão domiciliar e ser enviada novamente à prisão. A Justiça não costuma tolerar o descumprimento das condições impostas, especialmente em casos de grande repercussão como este.
O contexto da investigação é a Operação Integration, que envolve Deolane e sua mãe, Solange. A operação tem como alvo uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro por meio de jogos ilegais. A magnitude do caso é significativa, com 18 pessoas já presas e 24 mandados de busca e apreensão executados em várias cidades, incluindo Recife, Campina Grande, Barueri, Cascavel, Curitiba e Goiânia.
Além das prisões, a Polícia Civil bloqueou mais de R$ 2 bilhões em ativos financeiros da organização. Carros de luxo, imóveis, aviões e barcos foram apreendidos. Deolane, frequentemente vista ostentando nas redes sociais, foi presa no bairro de Boa Viagem, em Recife, apesar de residir em São Paulo.
Diante desse cenário, o futuro de Deolane é incerto. Se ela continuar desafiando as ordens judiciais, dificilmente evitará punições mais rigorosas. Talvez o caminho mais prudente fosse cumprir as regras impostas, pois a situação já está bastante delicada, e a Justiça não deve mostrar tolerância.
Agora fica a pergunta: será que Deolane conseguirá se conter e seguir as ordens judiciais, ou continuará enfrentando a Justiça? Uma coisa é certa: essa história ainda vai render bastante nos próximos dias.
