Adormeci com minha esposa, mas acordei na cama da melhor amiga dela – o que encontrei na mesa de cabeceira dela me abalou…
Quando acordei no meu aniversário, jamais imaginei que abriria os olhos ao lado da mulher errada. Tudo parecia confuso naquele dia, até que os filhos da melhor amiga da minha esposa me chamaram de pai. Achei que estava ficando louco, mas mais tarde tudo fez sentido.
Acordei ao som de pássaros cantando, com o rosto aninhado em um travesseiro que cheirava a lavanda e sândalo. Pisquei, tentando me situar, mas a luz do sol entrando por uma janela desconhecida fez meu coração disparar. Quando virei a cabeça, congelei. Eu não estava na minha cama. E ao meu lado, deitada, não estava minha esposa, Erica, mas sua melhor amiga, Eliza.
O pânico tomou conta de mim. “Isso tem que ser um sonho”, sussurrei para mim mesmo. Mas o pensamento de ter traído minha esposa passou pela minha cabeça como um raio. Amo Erica! Como isso poderia ter acontecido?
Olhei para Eliza, que ainda dormia, esperando que sua expressão trouxesse alguma explicação. Nada parecia certo. Meu coração batia forte enquanto tentava entender como eu tinha parado ali.
Nesse momento, Eliza se mexeu e abriu os olhos. Com um sorriso caloroso, ela me beijou na testa e disse: “Feliz aniversário, querido!”
A confusão me paralisou. “Querido?”, perguntei, mal conseguindo formar palavras. Ela se levantou, pegou um robe de seda e, antes de sair do quarto, acrescentou: “Vou preparar o café da manhã.”
Assim que ela saiu, meus olhos foram atraídos para a mesa de cabeceira. Uma foto emoldurada chamou minha atenção. Meu estômago embrulhou. Era uma foto de casamento, mas a noiva não era Erica. Era Eliza. Eu estava ao lado dela, sorrindo.
Peguei meu telefone em busca de respostas. A tela de bloqueio era familiar, mostrando uma foto minha em Maui, mas quando disquei o número de Erica, fui atendido por Eliza. Ela riu, perguntando o que eu queria para o café da manhã. Desliguei imediatamente, confuso.
Na tentativa de falar com Erica, liguei diretamente para o número memorizado dela. Quando atendeu, disse: “Matt, feliz aniversário!”. Aliviado, exclamei: “Erica, graças a Deus!”. Mas, em seguida, ela disse algo que me deixou ainda mais perdido: “Matt, você está bem? Seu amor deve estar na cozinha preparando seu café.”
Desesperado, desci as escadas, encontrando duas crianças que me chamaram de pai e me abraçaram com entusiasmo. A cena parecia retirada de um universo paralelo. Na cozinha, Eliza estava animada, preparando panquecas. Fotos nas paredes mostravam momentos felizes entre eu, Eliza e as crianças.
Voltei ao quarto, joguei água no rosto e tentei me convencer de que era um sonho. Liguei para minha mãe, esperando que ela trouxesse alguma lucidez. Perguntei: “Mãe, qual é o nome da minha esposa?” Ela respondeu: “Eliza, claro. Por que pergunta isso?” Aquilo foi a gota d’água.
Mais tarde, Eliza mencionou uma festa de aniversário em casa. Amigos conhecidos começaram a chegar, e então eu a vi: Erica, minha Erica. Ela estava ao lado de Michael, marido de Eliza, rindo como se fossem o casal mais feliz do mundo. O ciúme me consumiu, mas quando tentei me aproximar, fui interrompido por todos reunidos em volta do bolo.
Apaguei as velas, desejando desesperadamente voltar à minha vida com Erica. Quando abri os olhos, ela estava à minha frente, sorrindo. “Deixa-me adivinhar… você desejou isso, não é?”, ela disse. Todos ao redor começaram a rir e aplaudir.
“Foi uma brincadeira”, Erica explicou, ainda rindo. “Uma brincadeira maluca e elaborada. Você e Michael brincaram sobre trocar de vida uma vez. Não conseguimos resistir.”
“Então, nada disso era real?”, perguntei, incrédulo.
“Não, desde o início foi tudo planejado”, ela confirmou. “Até sua mãe estava no plano.”
Finalmente entendi tudo. O alívio tomou conta de mim, e pela primeira vez no dia, ri junto com todos. “Eu odeio vocês”, brinquei. “Mas este é um aniversário que jamais vou esquecer!”