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Acidente com 39 mortes: motorista envolvido na tragédia usou cocaína, ecstasy e álcool, confirmam exames.

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu nesta terça-feira (21), no Espírito Santo, o motorista da carreta bitrem responsável pelo acidente que matou 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni. A decisão foi tomada após exames toxicológicos confirmarem o consumo de álcool, ecstasy e cocaína pelo condutor antes da tragédia.

Detalhes da investigação

O juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni, justificou a prisão preventiva com base nos resultados dos exames e no histórico do motorista, que apresentava recorrentes sinais de embriaguez em abordagens anteriores. Ele se recusava sistematicamente a realizar o teste do bafômetro, reforçando um padrão de comportamento irresponsável.

Irregularidades identificadas no caso:

  • Excesso de velocidade: O caminhão trafegava a 90 km/h em uma via com limite de 80 km/h.
  • Sobrepeso da carga: A carreta transportava mais de 68 toneladas de granito, excedendo o limite permitido de 30 toneladas por reboque.
  • Falta de descanso: O motorista estava em uma jornada exaustiva, sem pausas adequadas.

A carga de granito, transportada de forma inadequada, foi apontada como fator crucial para o acidente. No dia 21 de dezembro, um bloco se desprendeu da carreta, atingindo um ônibus interestadual com 45 passageiros. O impacto causou um incêndio que consumiu o veículo, resultando em 39 mortes e nove feridos.

Controvérsias sobre a causa

Embora a defesa do motorista tenha alegado que um estouro de pneu no ônibus provocou o acidente, essa versão foi contestada pelo perito criminal Felipe Dapieve, que afirmou não haver evidências para sustentar essa hipótese até o momento.

Decisão judicial

O juiz destacou que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública, especialmente diante da recusa do motorista em colaborar com as investigações. Ele não permitiu a análise de seu celular, dificultando a reconstrução dos eventos.

Impacto da tragédia

As vítimas eram residentes de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Paraíba, deixando um rastro de comoção e revolta em todo o país. O delegado Amaury Albuquerque, responsável pelo caso, afirmou que a gravidade do acidente exige responsabilização exemplar, dado o número de vidas perdidas e as irregularidades identificadas.

A investigação continua em busca de mais respostas sobre os fatores que levaram a essa tragédia de proporções devastadoras.

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