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A Trágica História de Omayra Sánchez: Presa na Lama por 60 Horas após a Erupção do Nevado del Ruiz

Em 13 de novembro de 1985, às 21h00, o vulcão Nevado del Ruiz, na Colômbia, despertou após 69 anos de sono, desencadeando uma das erupções mais devastadoras da história. Seu alvo foi Armero, uma pequena cidade de Tolima, que se tornou mundialmente conhecida como epicentro de uma tragédia natural. O rosto simbólico dessa catástrofe foi Omayra Sánchez, uma jovem cuja história comoveu o mundo.

Armero, lar de aproximadamente 29 mil habitantes, foi brutalmente atingida. Mais de 23 mil pessoas pereceram na cidade, e com as mortes em localidades vizinhas, estima-se que o total de vítimas alcance cerca de 25 mil.

Naquela fatídica noite, as águas e a lama chegaram abruptamente, engolindo milhares de casas e ceifando inúmeras vidas em minutos. Em 14 de novembro, as agências humanitárias começaram a chegar a Armero, enfrentando dificuldades devido à lama. Muitos perderam a vida enquanto aguardavam desesperadamente por socorro.

Entre os destroços de uma casa, encontraram Omayra Sánchez, uma garota de 13 anos presa pelos escombros. A água havia enterrado a maior parte de seu corpo, deixando apenas a cabeça visível. Ela conseguia mexer as mãos, mas as pernas mal tocavam seus parentes falecidos, sepultados pela lama.

Omayra lutou pela sobrevivência durante aproximadamente três dias. Contudo, a remoção de seu corpo dos escombros era inviável devido às mínimas chances de sobrevivência.

Nesse período, ela conversou com os jornalistas, cantou, pediu comida e manteve viva a chama da esperança, mesmo diante da inevitabilidade de seu destino trágico. Sua imagem tornou-se um símbolo marcante da devastação provocada pela erupção do Nevado del Ruiz.