Histórias

DESCOBRI MINHA SOGRA MORANDO NO NOSSO SÓTÃO — O QUE ELA ESTAVA ESCONDENDO ME DEIXOU EM CHOQUE.

Quando Ella começou a ouvir barulhos estranhos vindos do sótão enquanto seu marido, Aaron, estava viajando, ela temeu o pior. Mas nada poderia tê-la preparado para a descoberta chocante de sua sogra, Diane, escondida no andar de cima. O que estava acontecendo?

Tudo começou há cerca de um mês, logo depois que meu marido, Aaron, saiu para uma viagem de trabalho de uma semana. Eu nunca me incomodava em ficar sozinha em nossa aconchegante casa suburbana, até que os barulhos começaram. No início, eram apenas pancadas suaves e ocasionais vindas do sótão. Pensei que era apenas a casa se ajustando e ignorei. Para ser justa, o sótão não era exatamente um sótão comum.

Era um quarto reformado no terceiro andar, com grandes janelas que Aaron e eu havíamos lacrado quando nos mudamos, e uma varanda estreita com escadas que levavam ao térreo. Supusemos que o espaço tinha sido usado como estúdio ou sala de estar pelos antigos donos.

Eu sempre planejei transformar aquele espaço em algo especial para mim, mas nunca tive a oportunidade.

Quando ouvi outro barulho, minha respiração ficou presa. As casas rangem, certo? Talvez um ou dois esquilos tivessem entrado no sótão. Mas então os barulhos começaram a ficar mais frequentes… e mais humanos. Sussurros. Fracos, mas inconfundíveis.

Uma noite, enquanto eu estava deitada na cama mexendo no celular, ouvi. Um gemido baixo e gutural. Meu estômago revirou, e meu coração disparou.

Definitivamente, não era um esquilo.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Aaron imediatamente.

Eu: Acho que tem alguma coisa — ou alguém — no sótão!

Aaron: Ella, provavelmente não é nada. Vou verificar quando voltar.

“Provavelmente não é nada”? Sério? A resposta casual dele me irritou. Como ele podia ser tão despreocupado? Tentei ignorar os barulhos, convencendo a mim mesma de que estava exagerando.

Alguns dias depois, enquanto eu me preparava para dormir, ouvi. Passos. Passos reais e pesados, vindo de cima.

Esse foi meu limite. Eu não podia esperar mais pelo Aaron. E se alguém estivesse morando ali o tempo todo? Eu não me sentia segura.

Peguei o taco de beisebol que mantínhamos no porão para emergências e mandei outra mensagem para Aaron, avisando que eu ia subir para investigar.

A resposta dele me deixou com calafrios.

Aaron: Ella, por favor, não vá até lá. Preciso verificar o sótão pessoalmente. É muito importante que eu faça isso.

Por que ele não queria que eu subisse? O que ele sabia? Minha mente estava cheia de perguntas. Ele estava escondendo algo? Eu estava em perigo? Apesar do nó no estômago, eu não consegui me conter. Eu precisava saber a verdade.

Com cada degrau rangendo sob meus pés, meu coração batia mais forte. Segurando o taco como se fosse minha tábua de salvação, empurrei a porta do sótão.

O que vi me deixou paralisada.

Lá estava ela. Minha sogra, Diane.

De pé no meio do sótão, usando um camisão e um robe, ela segurava um pincel, com a expressão de quem foi pega no flagra.

“O que diabos você está fazendo aqui?!”, gritei, quase tropeçando. “Por que estava gemendo? Você está machucada?”

O que estava acontecendo?

O rosto de Diane ficou vermelho enquanto ela soltava o pincel e levantava as mãos.

“Ella! Calma! Não é o que você está pensando.”

“Não é o que eu estou pensando? Eu nem sei o que pensar, Diane! Você está morando no meu sótão?”

Ela suspirou, esfregando as têmporas enquanto murmurava algo para si mesma.

“Eu sabia que isso ia acontecer, mas o Aaron simplesmente não me escutou. Apenas… sente-se um minuto e eu vou explicar tudo.”

Eu não me movi, ainda segurando o taco como se buscasse algum tipo de apoio emocional.

Diane era uma mulher confiante que raramente parecia abalada por qualquer coisa. Vê-la tão desconfortável era, no mínimo, estranho. Depois de um momento, abaixei o taco e me sentei em uma caixa empoeirada, sem tirar os olhos dela.

“Ok, olha,” começou ela, com uma voz cheia de culpa. “Seu marido vai me matar por estragar a surpresa. Mas você merece saber, Ella. O Aaron está preparando algo especial para você!”

Levantei uma sobrancelha.

“Algo especial que envolve você se escondendo no meu sótão? Você virou um fantasma agora?”

Ela fez uma careta.

“Eu não estou morando aqui! O Aaron queria criar um espaço para você. Um lugar onde você pudesse finalmente transformar seu hobby de confeitaria em algo maior. Ele decidiu reformar o sótão para transformá-lo em um estúdio.”

Aquilo me pegou desprevenida.

“Um estúdio?”

“Sim, para o seu sonho, Ella,” disse ela, gesticulando ao redor do quarto. “Olha, este espaço é perfeito. O Aaron queria te surpreender com um lugar onde você pudesse assar, experimentar e, quem sabe, até começar a vender suas criações. Mas ele é péssimo com design. Então ele me pediu para ajudar. Todo dia, depois que você sai para o trabalho, eu venho para supervisionar os empreiteiros.”

“Empreiteiros?”, perguntei, ainda processando.

“Sim, empreiteiros. Já instalamos encanamento para que você tenha uma cozinha funcional. Os eletricistas virão na próxima semana para ajustar os pontos de luz. E eu estive aqui decorando, pintando e adicionando detalhes…”

Aaron e Diane estavam escondendo isso? E como eu não tinha percebido nada? Eu estava tão distraída assim?

“Mas por que ficar aqui?”, perguntei, ainda desconfiada.

“No sótão, você quer dizer?” respondeu ela. “Eu não estava aqui o tempo todo. Só vinha e saía pelas escadas da varanda. Não queria passar pela porta da frente e correr o risco de você descobrir.”

“E os gemidos?”, insisti.

Diane mordeu o lábio, visivelmente envergonhada.

“Subestimei completamente o quanto isso seria ruim para as minhas costas. Os gemidos eram… eu me alongando, querida.”

Olhei ao redor, absorvendo lentamente o espaço. O sótão, embora ainda estivesse em reforma, era lindo.

As grandes janelas estavam limpas, o pó e a sujeira tinham sumido, e eu conseguia imaginar a luz do sol entrando durante o dia. Era perfeito.

Notei as paredes meio pintadas, decoradas com murais de cupcakes e rolos de massa. Havia esboços presos por todo o lado, mostrando prateleiras para ingredientes, uma ilha de preparo e um cantinho aconchegante perto das janelas.

Preso a um quadro, estava um plano com um título escrito à mão por Aaron:

“Estúdio de Confeitaria da Ella.”

Minha garganta apertou.

“Isso é realmente para mim?”, perguntei.

Diane assentiu, com um sorriso suave no rosto.

“Ele queria que você tivesse um espaço para fazer o que ama. Ele se sente culpado por estar tão ocupado com o trabalho. Achou que isso mostraria o quanto ele aprecia tudo o que você faz.”

Mais tarde, naquela noite, Aaron ligou. Eu podia ouvir a tensão na voz dele enquanto falava.

“Ella, por favor, me diga que você não foi lá em cima. Eu ia pedir ao Kevin, nosso vizinho, para dar uma olhada.”

“Fui, sim,” admiti. “Aaron… eu nem sei o que dizer.”

Houve um momento de silêncio, seguido por uma risada suave.

“Bem, lá se foi a surpresa.”

Quando Aaron voltou para casa alguns dias depois, trabalhamos juntos para terminar o estúdio. Diane provou ser indispensável; seu olhar para a decoração era impressionante.

O espaço ficou melhor do que eu jamais poderia imaginar. Toda vez que entro naquele estúdio cheio de luz, cercada por potes de ingredientes e utensílios, lembro do amor que foi colocado em sua criação.

Diane e eu ficamos mais próximas desde aquele dia, embora eu ainda brinque com ela sobre sua “fase de moradora do sótão.”

Às vezes, as reviravoltas da vida não são sobre traições chocantes ou segredos obscuros; elas são sobre descobrir as formas inesperadas e silenciosas com que as pessoas ao nosso redor mostram o quanto nos amam.

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